João
Diniz
memórias
lugar
de
ligar
a
paisagem não para
rio
um fio móvel
a
esmo nunca o mesmo
na
cidade que se descobre
azula
o turvo leito
numa
luz noturna e nobre
o
país e seus preconceitos
juízos
e ilusões
suas
ironias e tradições
memórias
e
invenções
acordam
da urbana insônia
nos
sonhos gerais
direções
são tantas
revelações
às pampas
na
solidão amazônica
humanos
de bronze
imagem
e lembrança
numa
saudade da vida
escalada
pela criança
numa
nova estátua
na
inexistente tumba
de
um ex fogo fátuo
o
lugar de ligar
pode
nunca parar
pobre
curso sem cor
reinventa
a margem
desatando
a florestal dor
inverso
da alva água
mágoa
sem vertigem
esgoto
nosso osso presente
fuso
úmido de números
votos
efêmeros confusos horários
procurando
a América interna
flor
refletida em felicidade ética
eterno
indivíduo ao coletivo eclético
futuro
um furo no temporário
passa
pela ponte um sentimento a jato
intacto
no invisível horizonte
…
sério
e
o
que
seria?
Se
tudo
não
fosse
tão
sério
se
não
houvesse
mistério
nesse
avesso
do
sorrir
amor
é
humor
quando
começa
cegas
cócegas
em
sócio
ego
chamego
no
ódio
seco
carinho
por
um
soco
oco
apagando
as
rugas
de
um
foco
a
piada
é
a
melhor
espada
na
linha
da
corda
bamba
anda
o
sábio
em
ciranda
o
tédio
esse
remédio
engana
frágil
alegria
numa
mão
fria
amor
é
humor
desarmar
o
siso
se
preciso
o
tiro
acender
o
riso
a
rédea
da
comédia
lavar
a
inédita
mágoa
água
benta
em
ardente
solo
na
guia
pátria
de
um
colo
…
a
pessoa
tenta
reatar
a
paz
criança
a
herança
do
passado
agir
um
remanso
no
cansaço
agora
foi
embora
brincar
chora
ou
gargalha
a
voz
cordas
para
pular
a
sós
um
futuro
cheio
de
nós
quando
nenhuma
certeza
jaz
nesse
tempo
de
tanto
faz
in
:
ábaco
/
2011
mais
sobre
João
Diniz
ábaco
Nenhum comentário:
Postar um comentário