segunda-feira, 30 de maio de 2016

2 poemas de ADILSON ALCHUIY







2 poemas de

                                                      ADILSON ALCHUIY



BEATS ILUMINADOS

sacerdotes das festas do futuro
reinventaram os relógios de hoje
aniquilando a velhice do passado
sobreviventes sem nenhum heroísmo
no presente cotidiano...
no sacramento lunar dos corpos etéreos
posso vê-los nas estradas dos mundos
pegando carona no vento...
pulando dos vagões enferrujados
deitados nas beiras da loucura
com uma mochila cheia de estrelas
distribuindo aventuras no infinito...
visionários
semeadores dos sonhos
cantando música no silêncio
jazz na esquina da pele suando...
exilados crisântemos no deserto
dando vida às sombras dançando...
ecos sussurrados entre as mãos
que escondem lábios
beijando o rosto angelical
ou demoníaco
da ternura





...




VAGABUNDOS ILUMINADOS

vagabundos não devem à solidão
uma carona de espelhos retrovisores
estão nos polegares adormecidos
com cãibras em algum lugar
desabotoando ou abrindo o zíper
da braguilha escondendo o prazer
mijando em quem compartilhou o gozo
frenético nas idades
vagabundos são mentirosos poetas
pichando os muros de um cemitério
cheio de saudades roubando dentes
ouro nos ossos que inspiram ainda
alguma inquietude nos vermes insaciáveis
vagabundos são aqueles que andam em círculos
sonham no mesmo lugar que andaram
por mundos diferentes
vagabundos são aqueles que encontram
no bolso furado uma maneira de torná-los
mais pobres perdendo moedas para marcarem
território quando ficam com fome
vagabundos são amigos indizíveis
que estão num vagão enferrujado de trem
que lembram teu nome
quando ouvem uma música




in: CARTOLA VAZIA POR SENSAÇÕES SEM TRUQUES / 2016




mais sobre poemas de AA em

http://leoliteraturaescrita.blogspot.com.br/2015/07/sobre-poemas-de-adilson-alchuiy.html




quinta-feira, 19 de maio de 2016

The Butler of the House of Death - by LdeM






The Butler of the House of Death

The scene is open.
With no transition. Gloomy
figure, with dark
smoking. A true
cliché of B movies.
Gothic shadow in speech.
He acted in the shades
of the palace backstages.
He opened morphetic wings
over the platforms.
He betrayed with no shame
with no cheesy mercy.
With astuteness & discretion
he dominated & divided
he plotted & subtracted.

He arose to the throne
He dressed the royal sash
he exhibited the medals.
He stuttered asthmatic
sinister voiceless
he asked a pastille.
He grumbled vocables
and listed the
draconian measures of
order & progress
for the national
Pacification of social
Peace where some rules
and other ones obey.

He gathered a troupe
of methuselahs foxies
of vile politics
(the owners of the power!)
dressed as ravens
to sign the posts at
the Mansion of the decrees
the funest House
of the high power
where the banished people
is illegal excluded
while their old
Excellencies nod
for the photos where
their shadows vanish off.


18/19mai16



[may 12th 2016 : begins the reign of Terror...]



by LdeM


quarta-feira, 18 de maio de 2016

O Mordomo da Casa da Morte - by LdeM








O Mordomo da Casa da Morte
                 The Butler of the House of Death


Entreabre-se o cenário.
Sem transição. Figura
esquálida, smoking
sombrio. Verdadeiro
clichê de cinema B.
Vulto gótico em discurso.
Agiu nas penumbras
dos bastidores palacianos.
Abriu asas morféticas
sobre os palanques.
Traiu sem hesitação
sem piedade piegas.
Com astúcia & discrição
dominou & dividiu
conchavou & subtraiu.

Ergueu-se ao trono
Vestiu a real faixa
Exibiu as medalhas.
Gaguejou asmático
Sorumbático sem voz
Exigiu uma pastilha.
Grunhiu vocábulos
Listou as medidas
draconianas de
Ordem & Progresso
para a Pacificação
nacional da Paz
social de uns mandam
e o resto obedece.

Agregou uma trupe
de raposas matusaléns
da política vil
[os donos do poder!]
em trajes de corvos
para assinar cargos
na Mansão dos despachos
a funérea Morada
do Poder excelso
onde o povo banido
é ilegal excluído
enquanto suas senis
Excelências acenam
para as fotos onde
suas sombras somem.



17/18mai16



[12 de maio 2016 : começa o reinado do Terror...]



by LdeM






terça-feira, 3 de maio de 2016

Leitura Crítica - ensaios by LdeM - links





Leitura crítica


                       by LdeM



>>> Poetas de BH / Minas Gerais


Sobre Onze Mil Virgens [2014]
de Wilmar Silva de Andrade [MG, 1965-]


   De volta à safra da AgroLírica


http://leoliteraturaescrita.blogspot.com.br/2015/07/sobre-onze-mil-virgens.html





Sobre Estilhaços no Lago de Púrpura
de Joaquim Palmeira / Wilmar Silva [2006; 2007]


Imagens surrealistas em mil Estilhaços


http://leoliteraturaescrita.blogspot.com.br/2015/05/imagens-surrealistas-em-mil-estilhacos.html




sobre Zuns Zum Zoom [BH: Anome Livros, 2012]
do poeta Luiz Edmundo Alves

Poética entre o fingimento e a confissão

 
sobre Ábaco (BH, 2011)
do poeta e arquiteto João Diniz



sobre os poemas de Rastros (2006)
da poeta Vera Casa Nova (RJ / BH)

sobre Livro de Papel (BH, 2009)
da poeta Adriana Versiani dos Anjos


http://leoliteraturaescrita.blogspot.com.br/2012/12/sobre-livro-de-papel-de-adriana.html



 
sobre os poemas de Minerar o branco (2008)
do poeta Ronaldo Werneck



sobre Tudo de Eu que há em Mim (Anome Livros, 2011) 
do poeta Guto Amaral
do poeta Jair Barbosa

 
sobre cor de cadáver (anome livros, 2009)
(poemas de 1998 – 2008)
do poeta Jovino Machado




sobre a obra ARRANJOS DE PÁSSAROS E FLORES [Anome, 2002] 
[obra reeditada em 2011]
do poeta, ator e editor Wilmar Silva


sobre ESTILHAÇOS NO LAGO DE PÚRPURA (2006)
do Poeta WILMAR SILVA


O Eu-bestial diante do olhar do Outro

http://leoliteraturaescrita.blogspot.com.br/2011/03/sobre-estilhacos-no-lago-de-purpura-de.html









>>> Poetas do Brasil & Mundo


Sobre surrealismo em Paranoia [1963; 2000]
 poemas de Roberto Piva [1937 - 2010]


As Imagens Surrealistas em Paranoia de Roberto Piva



 http://leoliteraturaescrita.blogspot.com.br/2015/08/as-imagens-surrealistas-em-paranoia-de.html






Sobre Memórias Infames (Anome Livros / 2009)
poemas de Antonio Miranda (Brasília, DF)



sobre Formas do nada (Cia das Letras, 2012)
do poeta Paulo Henriques Britto (RJ, 1951-)


sobre audito (CL Edições, 2009)
poemas de Flávio Castro
(Porto Alegre, 1966-)



sobre a obra Casa das Máquinas (2011)
de Alexandre Guarnieri


sobre os poemas de
Outros Silêncios (2009)
do poeta José Geraldo Neres (1966-)



sobre disrupção (Cosmorama, Portugal, 2008)
do poeta Jorge Melícias



sobre as obras Embarcações (Ausência, 2004) e
A Singradura do Capinador (Indícios de Oiro, 2005)
do poeta Luís Serguilha (Portugal)



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by LdeM