quarta-feira, 15 de julho de 2015

sobre poemas de Adilson Alchuiy






Sobre os poemas de Adilson Alchuiy [Santo André/SP]
divulgados no facebook do autor [em 2014/2015]


Uma Poética antenada com o Mundo


para que encontremos nosso desequilíbrio
oportuno na quietude dos tesouros em livros
de poesia...” (Acorde de Verão)

      A poética de Adilson Alchuiy é marcada pela variedade. Várias camadas de significação e ressignificação. É possível ler numa direção, e também em outras. Podemos acessar vários níveis de referências, além dos jogos com a linguagem. Há todo um ludismo em fazer o[a] leitor[a] entrar no jogo de releituras, paródias, pastiches. Temos uma dissolução de referencial & surreal em doses quase diárias.
      Encontramos múltiplas imagens surrealistas, intertextualidade, referências à cultura pop (músicas, bandas, pop-stars, filmes, diretores, artistas plásticos, etc), às personagens das fantasias, dos contos de fadas, ou das mitologias, ou terras mágicas, ou paraísos de evasão (Terra de Oz, Terra do Nunca, Pasárgada, etc), ou ruas de São Paulo (Augusta, Largo do Arouche, etc) tudo num emaranhado de possíveis leituras, que desafia quem ousa ler.
     Engendrada no seio cultura pop sua poesia carrega referências múltiplas aos ídolos da música, principalmente rock, brasileiros e internacionais. O mais destacado é Bob Dylan, voz do rock'n'roll ou do folk rock desde os anos de 1960, nos Estados Unidos, grande influenciado pela Beat Generation, também referencial nos poemas. Encontramos Joe Cocker, Hendrix, Janis Joplin, vozes de Woodstock (festival de 1969), além de Chuck Berry, Jim Morrison, David Bowie, John Lennon, Patti Smith, Zappa, e as bandas The Beatles, Grateful Dead, T. Rex, Grad Funk Railroad, Ramones, etc.
     Estão presentes os cantores nacionais Cazuza, Renato Russo, Jorge Mautner, a banda Os Mutantes. Além do rock temos as referências ao blues de B.B. King, ao jazz de Miles Davis e Coltrane, à música erudita (ou clássica) barroca de Bach e Mozart, ou romântica de Beethoven. Ou à ópera Aída (1871) de Verdi (compositor italiano) ou ao blues-jazz-soul de Ray Charles, etc
     
      Referências aos poetas românticos, místicos, sejam clássicos ou malditos, ou modernos, tais como Dante, Shakespeare, Goethe; Lord Byron e Edgar Poe; William Blake e Yeats; Baudelaire, Rimbaud, Lautréamont, Piva, Bukowski; mais Rilke, Breton, E. E. Cummings, Sylvia Plath, Marianne Moore, Ana C., Hilda Hilst, etc
     Artistas plásticos não faltam, pois são citados o italiano renascentista Leonardo da Vinci (famoso por sua Gioconda, ou Mona Lisa), os holandeses Rembrandt e Van Gogh, o francês Monet, os modernistas Dalí e Picasso, além de Frida Kahlo, Andy Warhol, etc
     O cinema aparece com seus diretores, sejam os clássicos Chaplin, Fellini e Goddard, seja o inovador Kubrick. Não faltam os pensadores e cientistas, tais como Freud, Lacan, Einstein, que deixaram suas marcas na cultura, além de suas áreas de atuação.
     Contudo o mais icônico na poesia de Alchuiy é o poeta Roberto Piva, leitor de Whitman, Pessoa e dos modernistas, influenciado pela estética surrealista e pela geração Beat na metrópole paulista. Através de Piva chegamos aos poetas Beats, os “fantasmas beats nas esquinas”, seja nas galerias, na caronas, em Larimer Street ou no México, as figuras de Neil Cassidy (“beat insano Neil”), Jack Kerouac (“meu herói Jack”), Allen Ginsberg, Burroughs, Gregory Corso, juntos ao pai da psicodelia lisérgica, Mr. Timothy Leary.
     Com o diálogo com a poética de Piva, cultivador da estética de André Breton, guru francês, há um desabrochar de imagens surrealistas, que pontuam os poemas com devaneios, exageros, oxímoros, antinomias, absurdos, mixagens oníricas, que conseguem encantar e causar arrepios, quando mais belo por menos compreensível,
o sol à deriva afoga o horizonte” ; “chuva de salivas amargas & pérfidas”; “com o silêncio das sombras dancei” (Por el camino [12.12.14])
hoje no baile de sombras / o deserto absorve todos os sóis” (Sempre nunca 
[19.12.14])


silêncio da boca mordida por beijos roubados”; “um sorriso de vento por debaixo 
da pele enfurecida!” (Presente [14.1.15])


teu vestido de vento”; “dançar na luz desequilibrada” ; “tuas pernas de leito seco 
com rijas paisagens talhadas” (Ninguém ou um nome impróprio à todas 
combinações [07.1.15])


cuspir luas na estrada sem fim do gozo”; “deitar nas enseadas do sonho / 
dividindo o voo ao nadar no sangue dos sóis / desenterrados do silêncio.” (Irmã do 
Abismo [28.1.15])


talvez este amanhecer em Rimbauds desgraçados / escrevendo o último poema 
sem a perna / enterrada com vermes atravessando o osso / com o sol sob a terra 
batida!” (Sem a tamanha importância [03.2.15])


canal de fontes sinuosas até erigirem chamarizes no cérebro ...” (Existência 
[04.2.15])


caminho de solidão nas noites com seu ritmo mecânico … / enquanto 
soberbamente exponha teu silêncio de exílios / nas beiras dos abismos frenéticos 
...” (Amor Sublime [11.2.15])


esbarrei nesta beira com o sol gotejando / em sombras amorfas” (Convulsão 
[24.2.15])


      Lembramos que as características da estética surrealista são bem marcadas, com a exploração do mundo onírico, com a valorização do delírio sobre a observação, a busca da superação da escrita padronizada, com o desejo de deixar fluir o inconsciente, num jorro de palavras, de modo automático (daí dizer automatismo), não apenas pelo irracionalismo, mas a integração de consciente e inconsciente, num ser humano íntegro, sem separações nem departamentalizações, pois somos únicos e unos.


eu tento renovar o fluxo sanguinário / das ruínas... / me esforçando em impedir o 
vento / nos cabelos das estátuas...” (Tocaia [25.3.15])


depois que você partiu / comecei condicionar a mortadela / na creolina […] 
comentar música clássica com as baratas” (Reclusão Butolínica [02.4.15])


a depressão contaminada das ruas / roubando das sombras / a riqueza da lua 
sem bolsos” (Assalto a Sonhos Armados [08.4.15])


 “névoas enganadoras em palavras de poemas mortos” e “pescando em ilhas 
peixes luminosos” e “perto da fiação elétrica de sonhos quintescendo infâncias” 
(Cotidiano em si [10.4.15])


ventre de relógios com a ferrugem / nas engrenagens mortas … / sobreviventes 
pletóricos na vida / consumida por vícios nos sonhos / de partidas...” (Verdadeiro 
Triângulo das Bermudas [16.4.15])


tentei elucidar o caos acorrentado / nos tornozelos artificiais do paraíso... /
 
só para ver os rastros nos desertos / a ilusão cansada em abrir caminhos.../ 
o mar regurgitar poentes esquecidos / nas enseadas dos sonhos” (Casillero del 
Diablo Devil's [24.5.15])


O vórtice incerto dos delírios / espirais luminosas feitas por asas / no abismo /
 
a solidão empalidece as noites / fluem desorganizadas em pesadelos /
 
minha fuga desperta as lâminas” (Divino Comédia [26.5.15])


âncoras no fundo de rios escravizados / por enchentes no rosto surpreso das 
pedras / afogadas pelas almas das raízes” (Bárbaros ou quase [02.6.15])


     Percebemos um sensacionalismo – em turbilhões de sensações ou alucinações, ao estilo sensacionista de Walt Whitman (“eu contenho multidões”) ou de Álvaro de Campos [Fernando Pessoa] (“sentir tudo de todas as maneiras”) - que vem carregar o[a] leitor[a] num drama sem fim de figuras que se encaixam, lembrança que atrai lembrança, poema que lembra filme, música que reativa memória, nas várias camadas que podemos acessar.
      Também nos excessos de reticências há algo de Simbolismo, de inconclusão, um não saber dizer, um deixar em suspenso, a ideia em aberto... temas também presentes no simbolismo, tais como a lua, o luar, os espectros, o jogo de luz e sombra, os rituais, busca do místico – aqui não o transcendental, mas o incompreensível, o inalcançado (visto ser inalcançável).


labirinto de sensações palpitantes que fazem gemer / a alma num nevoeiro 
noturno” (Anjos em Père Lachaise [25.2.15])

olhando as dimensões lúdicas da lua na abertura / comum das janelas...”
(idem)
noites nos becos com orgias refletidas / nas luas vomitadas...” (Anabel [18.2.15])


num dia de espelhos com montanhas / nas janelas” (Acordes [ ] )
vigília da noite cheia de espectros que dançarão / sob a lua os rituais perversos 
da solidão / encantada da morte” (Fuga à Libertação [26.2.15])


devoradores da noite & todos os subterfúgios / rituais lentos com todos os 
sacrifícios / tatuados na pele... / sangue das flores no pomar dos delírios” 
(Beatsurrealistas [21.5.15])


o sol rasgou as cortinas / a lua proporciona sensações vampiras / sugando o 
macio dos travesseiros & almofadas / jugulares perfuradas pelo tempo” (Solidão 
Decorativa [07.4.15])


      Em sinestesias golpeia o antipoema “Avanço o desodorante multimídia” [13.4.15] com suas imagens antilíricas, de sujeiras, imundícies, odores nauseabundos,
como um conto de Lispector / por mais asqueroso que seja /devemos sentir aquela 
nódoa das baratas / amassadas? / aquele ranço apodrecido de uma ratazana


em referências a obras de Clarice Lispector, com a barata esmagada em Paixão segundo G.H. (1964) e o rato morto em Perdoando Deus (conto em Felicidade Clandestina, 1971), quando há o anti-lírico com a presença do asqueroso, no que se aproxima dos indigestos Cantos de Maldoror, de Lautréamont, pré-surrealista uruguaio-francês, onde o sujeito poético está coberto de podridão, devorado por insetos, sentindo nojo de si mesmo.
       Para o poeta o sensacionismo está ligado ao exercício da imaginação. Sim, pois a imaginação deve ser exercitada, com os mergulhos no imaginário, com o cultivo de devaneios, com o plantio de bizarrices, que tudo converge para um não-sentido do existir, posto que ter certezas sobre o aqui-agora é aceitar convencionalismo, é o 'universalizar-se no senso comum' que denunciava Roberto Piva. O poeta está consciente, em meio aos delírios, a ponto de conceber um Convite para a Imaginação [20.5.15])

eu evoco as pulsações
que eu sentia na escuridão de um sorriso
nas noites de badernas no coração perdido
dos vícios & aventuras
palpitação que se alastra da periferia
para os subúrbios burgueses
com encontros marcados com meninas
virgens que hoje dançariam na boca
das garrafas & vomitariam no assoalho
de
porches ou outros conversíveis de marca!
eu chamo os vagabundos mediúnicos
tenebrosos que detonam qualquer superfície
dos planetas...
alimentados pelo vírus da loucura
a doença pecaminosa de um desastre iminente
por furacões nas veias armadas
de tudo que for contagioso para sobrarem
apenas ratos & baratas...
eu conclamo os exaustos das estradas
que bebem o elixir da lua sinistra
como um combustível interminável
rumo às estrelas...




      Em seu exercitar da imaginação, encontramos o Eu nos poemas, uma marca de tom pessoal, o poeta, que exercita seu olhar metalinguístico – quem escreve? por que escreve? o que ganha ao escrever? - sobre a Escrita e seus precursores, quem influenciou, quem desafiou a superar, desde Dante, a passar por Shakespeare, até os simbolistas, os modernistas, os surrealistas e os poetas Beat,
eu pertenço tanto ao que escrevo / que esqueço em transformar isso
em poemas... / Artaud, Breton, Rimbaud
tento encarnar esta fauna sem a pretensão / em ser alguma coisa
(Não me importa [29.5.15])


eu desenho & escrevo poemas / num lençol” (Branco Amor [29.5.15])


eu simulo o inferno / Dante nunca imaginou as torturas / no meu fogo!” (Divino 
Comédia [26.5.15])

eu componho aparências / experimento as manifestações interativas / além das 
janelas” (Avanço o Desodorante Multimídia [13.4.15])




      As marcas do surrealismo não estão distantes das referências à cultura pop, antes tudo está enredado, entrelaçado, sem separação em gavetas, sem limites entre fotos e canções, livros e filmes, soundtracks e pinturas, pois tudo é sentido em conjunto numa Gestalt desvairada (ao melhor estilo Mário de Andrade) onde tudo é a somatória de tudo, aleatoriamente, por saltos em links que nos escapam,
um leque de Frida para descabelar os bigodes / de Dalí que daqui pra lá desenhava nos sonhos / um rinoceronte belga com cauda de um pavão / no museu colorido de nossa imensa tristeza...” (Rusgas de Trinidad [28.3.15])


assim faziam os Beatsurrealistas [21.5.15], aqueles poetas do surrealismo tardio que vertiam a poética do teatro do absurdo em plena Beat generation, com o fim do pesadelo da Segunda Grande Guerra, sim, aqueles
anunciadores das apoteoses da percepção
 
inesgotável fluxo das sensações no universo
 
por virtudes salvadoras ANTES...

[...]
a arte minoritária da poesia em Piva
em Rimbauds ressuscitados na praça
sentados no banco dos réus julgados
por pecados em existirem
DEPOIS...


      A fusão de poema e música está mais que evidente em mais referências ao músico Bob Dylan, leitor dos poetas Beats, autor de Like a Rolling Stone, música de 1965, recuperada no poema As Pedras continuam rolando [16.5.15],
vertigem na rouquidão de Dylan / estradas férreas onde a maquinaria
espirra fumaça no céu cinza / uma balada pode mudar sua vida
um poema transformar a poeira em vários/ fantasmas...
e


trovador no pátio aberto do mundo / servindo ao coração pulsante das aventuras... / 
bufão, andarilho, qualquer coisa que seja/ de passagem ou às pressas...



      Os poetas Beats estão em todos os lugares nesta poesia de lembrança e recuperação, estão sempre entre as imagens surrealistas e as referências ao mundo da cultura pop, com seus meandros de contracultura e assimilação, libertação e consumismo, onde não é possível dizer onde acaba isto e começa aquilo, tudo é entregue à um olhar dado ao imaginário, que se nutre de todas as sensações, não diferencia, não cataloga, apenas rememora, tem visões,
alguns beats cumprindo o eco dos fantasmas / nas galerias vazias” (Decorei Esta 
[19.2.15])

[Galeria? Pode ser um link para a Six Gallery em San Francisco com a leitura de  
Howl (Uivo) por Ginsberg em 1955]


li Rimbaud ri das aventuras beats nas estradas … museus nas botas!” 
(Convulsão [24.2.15])

o vagabundo Jack sorri para fantasmas” (Meu Herói Jack [1.4.15])


      No poema Passarela da Moda Beat [10.4.15]) é mostrada a contracultura antes, que hoje é parte da cultura, visto ser é comum o uso de jeans surrado, ou rasgado, a jaqueta rústica, as minissaias... A moda saiu do gueto e direto para as vitrines de grifes, com “jeans desfiados cheirando guilhotinas / parisienses ou flores do gueto... “ que não mais agridem, mas fazem parte da paisagem fuliginosa das grandes cidades.
      Em seu Convite para a Imaginação encontramos os “vagabundos mediúnicos”, ou, como dizia Jack Kerouac, os Dharma Bums, ou andarilhos iluminados, seres evocados e invocados, advindos de outro mundo, a saber, o passado sempre rememorado,
eu conclamo os exaustos das estradas / que bebem o elixir da lua sinistra / como 
um combustível interminável / rumo às estrelas...


     Evocados, pois os poetas Beats fazem parte de um passado que lembramos com saudosismo, do tipo, por que não vivi na época dos Beats?, numa outra era de contestação, de busca de superação, de outra cultura que não a suicida civilização ocidental criadora do genocídio e da bomba atômica. No mais, importava libertar-se! Materialmente, espiritualmente, sexualmente! O poeta vê hoje com amarga ironia: “a devassidão beat te assusta?” (Fome Ruiva [25.5.15])
      Mas não é devassidão, pois sexo é libertação, não se trata de pecado, mas de comunhão, basta uma leitura do psicanalista judeu austro-húngaro naturalizado norte-americano Wilhelm Reich (1897-1957), a lembrar que a história da sexualidade é um testemunho da repressão (assim as abordagens do francês Michel Foucault (1926-1984) e do alemão Herbert Marcuse (1898-1979))
      A poética de Alchuiy é de um surrealismo tardio, via Piva, o leitor voraz, para quem é impossível a vida sem poesia. Piva, sim, é um Beatsurrealista, como bem defende Claudio Willer, poeta, crítico e tradutor, amigo do nosso xamã. É uma poesia em diálogo, aqui com a poética de Roberto Piva, assim como Piva dialogava com as figuras poéticas de Mário de Andrade, Jorge de Lima, Lautréamont, Whitman, Lorca, Rimbaud, Ginsberg, Neruda, Artaud, etc em Barro, Carvão & Cinzas [10.4.15]
eu vi os demônios de Gomorra / Roberto Piva / porque ontem eu atravessei o 
inferno / inventado pelos paraísos artificiais / dos suplicantes por milagres nas 
esquinas...


lembra os 'paraísos artificiais' de Baudelaire após uma travessia do inferno, a la Rimbaud, e lembra a poeta 'marginal' Ana Cristina César, dona de uma poética intimista, confessional, sentimental, mas também irônica.
vivo nos cometas do êxtase caindo no deserto / das mentes sãs que caçam / 
borboletas orbitais na boca mineral / de Ana Cristina César & ossadas geladas / 
misturadas ao mel do céu gótico evocando uma santa


     Encontramos uma poética que tem densidade, tanto referencial quanto surreal, em constante diálogo, atenta ao mundo ao redor, sempre a emitir opiniões, tecer considerações, em digressões, coerente numa estética que se quer automática, sem preocupação com a forma, antes deixa verter um conteúdo a transbordar do inconsciente, de uma mente já demasiadamente repleta de cultura pop, de mil livros lidos, de mil filmes vislumbrados, mil propagandas de TV, mil músicas ouvidas, mil pratos degustados. É deste caldeirão de vivências & experimentações que advém a força da poesia torrencial, quase diária, de Adilson Alchuiy, um herdeiro do Beatsurrealismo.




jun/jul/15




by Leonardo de Magalhaens

(Leonardo Magalhães Silva)

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Um comentário:

  1. Adilson em seu "exercício da imaginação" instiga o mesmo do leitor.
    Aqui de Santa Catarina em Itajaí, me inspiro muito neste Boêmio maldito das palavras malditas e bem escritas.
    Sou fã das escritas desse louco!

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