ROMÉRIO
RÔMULO
os
calos detrimentam meu estrato.
a pele, osso e pedra, é solta em rebordosas amplas.
viveres e pontes cabem meu caminho
como as amplitudes recaem sobre nós.
olhando o espasmo, meu relincho dorme.
os homens neutros, os rios neutros,
se despedaçaram.
a pele, osso e pedra, é solta em rebordosas amplas.
viveres e pontes cabem meu caminho
como as amplitudes recaem sobre nós.
olhando o espasmo, meu relincho dorme.
os homens neutros, os rios neutros,
se despedaçaram.
sobrou
de tudo a última trompa.
se
muros fervilharam, outros muros cabem
como estampas nos rins e coração.
a construção do novo, breve aura
no olho vê-se, brusca.
como estampas nos rins e coração.
a construção do novo, breve aura
no olho vê-se, brusca.
quando
etapas rangerem, vou rever meus antros.
…
quantos
antros e destinos me ataram
pelo avesso da ilha.
mágicas só revertem a metade das noites
que as outras são concretos.
pelo avesso da ilha.
mágicas só revertem a metade das noites
que as outras são concretos.
quantos
avos e destinos me atormentaram
o rosto e o osso;
curvei-me a todos para estar perfeito.
o rosto e o osso;
curvei-me a todos para estar perfeito.
a
todos busquei ver como água e pedra:
com o olho, retalhei-lhes as faces
e o contíguo dos lábios.
com o olho, retalhei-lhes as faces
e o contíguo dos lábios.
pólvoras
deixaram meu corpo em frangalhos.
mas atei-lhe os nós e os pedaços
como quem range à utopia.
fiz ver que vales e montanhas são nacos da vida.
no fôlego quente da espécie.
mas atei-lhe os nós e os pedaços
como quem range à utopia.
fiz ver que vales e montanhas são nacos da vida.
no fôlego quente da espécie.
quando
surgi de mim, fiquei varrido
e meu estado de coisa correu solto.
e meu estado de coisa correu solto.
in
Matéria Bruta / 2006
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