Lançamento de Cena Poética 11
Poesia e Prosa
BH 2025
Org. Rogério Salgado
Edição Irineu Baroni
Na noite de sexta-feira, 5 de setembro, no Centro Cultural do Padre Eustáquio , ocorre a cerimônia e sarau de lançamento da antologia poética (e de prosa) Cena Poética no seu número 11, por iniciativa e organização do poeta e jornalista Rogério Salgado com amigas e amigos, poetas e literatos, para a divulgação de autoras e autores veteranos e também das novatas e dos neófitos.
A diversidade de vozes e estilos é o que mais chama a atenção nesta antologia de verso e prosa de autoras e autores de Minas e do Brasil. Procedências, idades e cosmovisões as mais variadas.
Com ou sem formação acadêmica, com ou sem títulos de honoris causa, com ou sem certificado de participação em curso nacional de poesia, os amigos e literatos, as poetas e escritoras mostram como a poética pode ser um testemunho de vida e um recado para o mundo e gerações.
Na presente edição temos a participação do próprio Rogério Salgado, do editor Irineu Baroni, da artista Márcia Araújo, os renomados Antônio Galvão, Cecy Barbosa Campos, Fátima Sampaio, Graça Quintão, José Hilton Rosa, Mary Jane, Olga Valeska, Regis D'Almeida, Rogério Barbosa e Marcos Fabrício Lopes da Silva, ao lado de novas autoras e autores com oportunidade de divulgação de seus versos, causos e poemas em prosa.
As motivações dos poemas são as mais passionais e emocionais até as mais prosaicas, com pitadas de paixões e desabafos e ironias e protestos políticos. Muita metalinguagem com a poeta ou o poeta se revelando no próprio processo de Escrita. Em diálogo com outros poetas, principalmente os clássicos,
O poeta mente
Sobre a dor que sente
A dor que pressente
A que lhe vai à mente
E a dor que o outro sente.
(Alcione de Oliveira, Poetamente, p.12)
Essas palavras
Enquanto minhas
São prisioneiras
Em meu íntimo.
Pássaros encarcerados
Em minha razão.
Audazes
Fogem em busca de ninho.
Capazes
Marcam seu caminho.
...
(Jania Souza, Essas palavras, p. 86)
Cheirar poemas até os ossos.
Poemar para amar sem dores.
Deglutir os insossos.
Comer poemas como se nossos.
...
(Edmundo Arruda Jr.,
Antioxidante, p.50)
...
Escrevo como quem viaja,
divaga,
percorre
e constata: sou poeta
(Lucia Shibuya, O ser poeta, pp. 111-112)
É uma oportunidade para conhecer a pluralidade de vozes da poética brasileira contemporânea com uma miríade de vertentes para todos os gostos e exigências.
Sem vanguardas na pós-modernidade hoje cada poeta e poeta faz sua escola e estilo de época. O que é soneto? É o que o poeta chama de soneto.
Assim, nesta edição de Cena Poética, o número 11, o poeta e organizador Rogério Salgado nos apresenta uma miscelânea do que é produzido atualmente e um panorama do que se entende por estilo. Para romper com o estabelecido ou para se rebelar contra os paradigmas , os poetas e as poetas continuam com a mão na massa , peneirando poesia no dia-a-dia.
Set 25
LdeM
Escritor, crítico literário
Bacharel em Letras
FALE / UFMG
Canal LdeM Literatura Agora!
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