IACYR
ANDERSON FREITAS
O
ATOR, SEGUNDO CAMUS
tudo
o que edifico
deverá ruir em breve.
vede: estou úmido ainda de nascer, nasci agora.
deverá ruir em breve.
vede: estou úmido ainda de nascer, nasci agora.
a
vida a que me dou
se exerce em duas horas.
não tenho tempo para o que me transcende.
o perecível me toma em seus braços,
o perecível me sonda, me invade.
vede: não posso crer em nada
que não seja aparência e erro.
não posso crer no que não se dá à vista.
se exerce em duas horas.
não tenho tempo para o que me transcende.
o perecível me toma em seus braços,
o perecível me sonda, me invade.
vede: não posso crer em nada
que não seja aparência e erro.
não posso crer no que não se dá à vista.
tudo
o que sei
é apenas tempo, tempo e fuga.
e não há sentido onde o tempo falha.
é apenas tempo, tempo e fuga.
e não há sentido onde o tempo falha.
queimei
o que me excede.
queimei os rostos que em mim buscavam
um passado. Queimei os nomes que me chamavam.
estou livre
para esse conhecimento que é apenas corpo.
queimei os rostos que em mim buscavam
um passado. Queimei os nomes que me chamavam.
estou livre
para esse conhecimento que é apenas corpo.
para
essa eternidade que me faz nascer e morrer
mil vezes
em duas horas.
mil vezes
em duas horas.
mais
em
http://www.antoniomiranda.com.br/Iberoamerica/brasil/iacyr_freitas.html
http://www.portaldepoesia.com/Biblioteca/IacyrAndersonFreitas_Poemas.htm
http://www.germinaliteratura.com.br/2010/pcruzadas_iacyrandersonfreitas_set10.htm