Lágrimas
cheias de fuligens
Dos telhados a fuligem
junto às vidraças sujas
escorre a chuva ácida
entre tijolos & vidros
ali gotejam em fúria calma
entre estátuas a erosão corrói,
desde a praça ao parque
espalhadas derretidas
pela chuva em aflição.
Do alto a chuva chora
num desafio de paciência
em sutil carícia de ácido
insinuando gotas no granito
nos bustos abrem fissuras
ousam cirurgias discretas
rugas surgem onde o luar
brota & treme num redemoinho
entre as copas pesadas
se aderem gotas densas
1º mar 15
LdeM
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