Sobre “Mineral” (BH, Rede Catitu, 2010)
do poeta-músico Ricardo Evangelista
Trabalhando o rico minério da voz popular
A Crítica
Um dos problemas da academia é certamente o academicismo. Os acadêmicos que escrevem para outros acadêmicos. Um dialeto que o povo (os 'leigos') desconhece. Academicismo sobre o qual já falamos em outras oportunidades. Mas há um outro: a preocupação em distinguir arte popular de Arte erudita. Ou um tipo de arte do povo para o povo, uma arte praticamente não-registrada, analfabeta, pictórica, concreta, bem diferente de um outro tipo de Arte, mais culta, mais auto-reflexiva, mais educada, mais abstrata.
Ao fazer a distinção, a academia logo se coloca ao lado (quando não se declara a origem) da Arte culta, refinada, objeto de análise da Crítica, e relega a segundo plano a arte popular. Como se povo não tivesse alcançado a 'educação', como se a cultura espontânea do povo estivesse em falta com os padrões do cânone (isto é, o que é escolhido e sugerido pelos scholars).
Certamente que alguns autores têm (e tiveram) mais acesso aos bens culturais do que outros. É esta a única diferença. Não há uma arte melhor do que a outra sob critério de quem tem diploma e quem não tem. Importa, antes, a qualidade intrínseca da Obra. Existem muitas obras de arte popular que 'humilham' outras da Arte culta, dos acadêmicos que fazem pós-doutorado e se animam a escreverem contos, poemas, romances.
Se ao acadêmico sobra erudição, pode faltar talento e espontaneidade. Sim, talento e espontaneidade que existem de sobra em muitos artistas sem acesso ao meio acadêmico. Uns têm muito talento, e pouca informação; outros têm informação, mas pouco talento. O ideal seria aliar o espontâneo ao erudito – somar qualidade artística pessoal ao conhecido patrimônio artístico compartilhado. Muitos artistas se julgam originais – e estão reinventando a roda! Culpa deles? O fato é que desconhecem o patrimônio artístico já existente.
Outros artistas conseguem dialogar muito bem com ambas as artes distinguidas pelos acadêmicos. Pois tais artistas conhecem o cânone e o subvertem - ou criam à margem do mesmo. Ao conhecimento do cânone agregam o próprio talento pessoal mais a audácia da mudança, de criar o novo. E como toda criação nunca é a partir do nada, o que ajuda estes artistas é justamente a enorme quantidade de informações culturais que conservam. Quanto mais sabem, mais podem subverter o existente, mais podem fazer o cânone se curvar ao talento pessoal.
Para estes artistas a distinção 'arte popular' X 'Arte culta' é mero rótulo, mera fantasia acadêmica. Pois eles conseguem dialogar com todos os estratos de informação – dos mais básicos aos mais eruditos – e criar algo mais pessoalmente marcante, que seria difícil a quem apenas conhece um lado da moeda. É justamente o artista que supera limites e definições que haverá de fazer a diferença quando a arte popular se tornar massificação e alienação e a Arte culta se torna cânone e padrão.
Mineral
Nesta obra a poesia de Ricardo Evangelista é uma poesia popular e ao mesmo tempo demonstra conhecimento escolástico. É popular ao clima daquelas de Solano Trindade, de Patativa do Assaré, de Adão Ventura, mas com algum apuro estético, o que o aproxima de João Cabral de Melo Neto e Manoel de Barros, com um toque mais imagético, além do musical, rítmico. Sim. Afinal de contas, o poeta é também músico, qualidade que o destaca entre os demais.
É pra ler 'Mineral' a imaginar o poeta recitando. Sonoridade: eis o leitmotiv da obra. É uma poesia que foge das páginas, que busca a sonoridade explícita de poesia oral – de cordel, de embolada, de cantoria.
Ao não se conter ao espaço gráfico, restrito a página, ao superar o concretismo (contido no primeiro livro, 'Mojepotara' de 2004) o poeta se aproxima mesmo da música – assim fez um Arnaldo Antunes, assim também o poeta-músico Makely Ka.
Como se percebe, o poeta bebe em várias fontes, digere várias influências. Não é meramente espontâneo, nem se deixa engessar em padrões estilísticos. Conhece o cânone, os poetas consagrados, mas se nutre dos poetas à margem, dos poetas 'de ouvido', dos tropeiros da poesia. Não despreza a voz popular, ao contrário, está atento para ouvir as vozes que clamam nas ruas (ao contrário dos senhores Doutores das Universidades, das Suas Excelências no Congresso, no Planalto, no Supremo Tribunal ) e em diálogo com estas vozes o poeta cria a própria leituras da(s) linguagem(ns).
Aliás, estar atento ao que ocorre ao redor é uma das qualidades de todo bom poeta. Afinal, poeta em torre-de-marfim é sempre pessimamente informado, não ouve nem interpreta nada, vive num mundo de nuvens e se aliena no que julga a própria 'genialidade' (isto é, a sublime ignorância do mundo e dos poderes que nos constrangem).
Pois bem. A poesia do poeta-músico RE pretende dizer algo. Tem mensagens, deseja provocar. Não é beletrismo, não é mera forma. Julga-se antes um mensageiro, um ser que se serve da forma. Vários assuntos, vários temas o inquietam. Vários temas atraem o olhar ávido do poeta que deseja nada além de ler o mundo. (Afinal, o que fazemos aqui? Somos réus, vítimas ou cúmplices? Somos passivos ou ativos no mundo que nos cerca? Somos co-responsáveis? Ou somos meros observadores?)
A Crítica pode aqui destacar alguns temas, ou propor eixos temáticos, aliás, 4 grande eixos, a saber, A poesia (ou seja, o desabafo com metalinguagem, o olhar sobre os bastidores; a poesia & música); A política , o cotidiano ( os aspectos da cultura; um desabafo quanto aos crimes contra a ecologia); Os tropeiros (ou antes, a questão da identidade, do ser mineiro; A mulher (aqui mais um símbolo do Amor, do erotismo, da conquista do Outro.) onde as duas visões da mulher se complementam: enquanto Eva, e enquanto Musa.
Estabelecendo estes 4 grandes eixos temáticos, podemos lançar um olhar mais apurado sobre os poemas, ao citarmos trechos que reluzem, que merecem, uma vez que marcaram.
A poesia
É a temática preferida dos autores modernos (e pós-modernos, como queiram)a chamada metalinguagem, a necessidade da poesia falar sobre o fazer poesia, o autor abordar os bastidores da criação literária, sobre os tramites e processos da leitura e escrita. Um diferencial aqui é que o autor aborda as fronteiras entre poesia & música, fenômenos artísticos que eram unidos na época dos aedos gregos, ou seja, as odes eram poemas-hinos. Não havia esta distinção atual de poema e canção.
O próprio teor formal dos poemas – que podemos ler em ritmos, em melodias – ressalta este entrelaçar de letra-sonoridade, tudo a se destacar da página escrita para um cantarolar, um desafio de cantoria, de embolada, então falta mesmo só o pandeiro na mão.
No mais, o poeta precisa desabafar sobre os meandros de sua criação, precisa explicitar sua consciência do poetar, do viver poeticamente. Em suma, ele precisa de justificar perante si mesmo e seus leitores, que procuram o autêntico, esperam o produto poético, fruto de um labutar também poético,
“com o suor e a cal de minhas horas
desenho o traço refaço forças
na labuta dessa pena que perdura
com a argila desse sonho
espanto as amarguras”
(“Do que é feito este verso”)
Mas ao abordar os textos, ao situar o texto enquanto temática, é inevitável o fenômeno da intertextualidade, aqui um exemplo, com CDA, “lutar com as palavras é a luta mais vã / Entanto lutamos mal rompe a manhã”, do poema O Lutador,
“como diria o poeta / completa luta vã / não como rima reta”
(“O Poeta que se preza”)
mero intróito para abordar os aspectos do fazer poético – o que é poesia? Um conjunto de rimas? De palavras bonitas? De verbetes raros? De imagens surreais? - enquanto processo de 'olhar' sobre o mundo, de se situar no mundo, aprendendo com o mundo, tal qual uma criança. Aqui se ressalta o aspecto lúdico do fazer poesia (coisa bem presente em poetas tais como José Paulo Paes e Manoel de Barros), mais do um exercício de exibir rimas, pobres ou preciosas,
“rima é brinquedo de moleque
serelepe e sagaz
contradança
som de sexo e saques
o poeta que se preza
rima sem receio
do lado de fora
no início no meio
rima é recheio”
(“O Poeta que se preza”)
Antes, para o poeta, vale a leve fruição do fazer poético – não apenas consolo, não apenas entretenimento, mas tudo isso junto - bela (e viajante) definição de poesia, bem distinta daquelas definições de manuais e livros didáticos (aliás, quem melhor do que o poeta para ousar definir poesia?),
“leve é palavra ao vento da fantasia.
Poesia é quando o pensamento sai pra passear”
(“Pois é, pra quê poesia?”)
Esta 'definição' sai fácil, até porque o autor ainda demonstra fé no ofício de poeta, consciente de sua parte na ordem do mundo, enquanto um bardo do sentimento e da percepção, enquanto movente de ações, não mero observador da vida (como se mostrava o lado Ricardo Reis de Fernando Pessoa...),
“uma canção de alegria / que faça abrandar as dores desta vida”
e “uma canção de poeta / que faça rasgar o céu e chover poesia”
(“Canção de Poeta”)
e também
“Quero a palavra / muda e dança / quero mudança / quero a palavra / tocha e lança” e “quero a palavra / malícia e fuga / quero maluca / quero a palavra / delito e mágica / quero o delírio da gramática” (“Palavra Larva”)
O cotidiano
Consciente do seu papel de olhar sobre o mundo – e ao mesmo tempo ação sobre o mundo – o poeta resolve mexer com política – no bom sentido, claro – e lembrar que no poema pode muito bem aparecer o preço do feijão e do arroz, como já alertava um Ferreira Gullar, em “Não Há Vagas”, preocupado com os poetas que viviam nas nuvens.
Os políticos e a farsa das eleições são tematizados com ironia e sarcasmo, mas com um desejo de alertar, não com viés antidemocrático, mas ao contrário, de jogar luz sobre a fragilidade da democracia. A democracia é criticada justamente por não ser democracia. Ainda não é democracia – esperemos que seja algum dia. Apenas votar, apenas ser votado, isto não é democracia. O processo exige tempo e paciência. O que fazemos, cada um de nós, em prol da verdadeira democracia (ou seja, o governo do povo?)
“Em tempo de pleito / uns dão até abraço / e depois das urnas / você paga o pato”
e “Depois das urnas / é aquele sufoco / eleva-se o preço / do arroz, do feijão, da rapadura / inventam mais imposto / e o eleitor paga a fatura.” (“Tempo de pleito”)
Enquanto o povo não tiver o poder, não conquistar o poder, não teremos qualquer democracia, mas um governo burguês que se diz democrático. E para manter a 'paz social' e apaziguar os ânimos populares, os poderes não hesitam em usar a violência policial (basta vermos as cenas durante as greves, o poder não dialoga, antes envia as forças de repressão...). Contra tal violência, o eu-lírico se revolta,
“Com gente é bem diferente
gente é outro trato.
Não se faça de rogado
não me venha com truculência
nem use de tortura ou distrato.” (“Gente”)
Ao observar a vida cotidiana – para alguns cada dia mais apressada e estressante, cada dia parece mais curto – o poeta tece comentários líricos sobre a percepção do tempo, apela para o relato dinâmico de 'causos', que mostram o passado ainda presente enquanto lembrança,
“O tempo passa lento quando se espera. / Por que passa tão rápido / quando estamos contentes?” (“Urgente Viver”)
“O menino cresceu brincando com o rio, / afogando-se nos mistérios do rio / que chamava de seu.” (“O Velho do Rio”)
Diante da urgência do tempo – “o tempo passa, o tempo voa” e até a famosa Poupança Bamerindus já se foi... - o poeta pensa nas novas gerações, os homens do futuro, e lembra-se dos pesadelos que nos ameaçam quando pensamos na ecologia, na preservação ambiental, um drama quase diário de ecossistemas em chamas, cobertos de óleo, alagados e pisados pela bela civilização,
“O planeta está quente pra canário / está quente pra gente / quente pro dromedário / quente pro esperto / quente pro otário.” (“Efeito Estufa”)
e
“Serra, serra, serrador / quantas matas já serrou! // Lá em cima daquele morro / passa lixo e caminhão / passa carro e poluição / só não pode cortar a mata / árvore dá vida, não dá carvão.” (“Serra, Serra, Serrador”)
Os mineiros, os tropeiros
Ou antes, a questão da identidade, a consciência do ser mineiro, explicitada em poemas tais como “Saga das Tropas”, “No Coco”, “Ser das Minas e dos Gerais”, “Receita de Feijão Tropeiro”, “Mineiro que é Mineiro”, poemas nos quais o poeta pensa e repensa sua condição de ser 'mineiro' – antes do que seja ser 'brasileiro' – enquanto outros preferem dizer que são 'de lugar nenhum', que o poeta é o ser-sem-fronteiras.
Mineiridade, mineirismo, nacionalismos de lado, o importante aqui é mesmo a questão: Quem Sou Eu? De onde eu vim? Para onde vou? O poeta é mineiro por acaso, por acidente. Poderia ter nascido em São Paulo ou no Havaí... Mas seria o mesmo Ricardo Evangelista? É esta a questão.
Mas ao meditar sobre a mineiridade (a 'mineiridade'? O nosso bom conterrâneo Fernando Sabino preferia mudar de assunto...) o poeta cai em lugares-comuns, ou então atinge sublimidades. Não tem meio-termo. Estamos entre a banalidade e a genialidade. Talvez um estrangeiro, um forasteiro, um Ausländer, fosse mais indicado para falar sobre algumas características de mineiro...
“Mineiros são de silêncios e de palavra aguda
diante de cara feia ou diante da ação estúpida,
diante do abuso mineiro se indigna.” e
“Mineiro que é mineiro desconfia, mas quando
acredita vai até até a última consequência.”
pois “Mineiro não perde trem nem por brincadeira e
não dá bola pra intriga, dá um boi pra não
entrar em confusão e uma boiada pra não sair
da briga.”
(“Mineiro que é Mineiro”)
Ou então destacar um tipo de mineiro – até idealizado, como é o caso dos tropeiros, que habitam o imaginário do Autor. Quem são (foram) os tropeiros? Vale uma boa pesquisa. Muito do que somos hoje depende do que foi semeado pelos tropeiros. Mais do que comerciantes, atentos desbravadores das Gerais. Estrada Real, trilhas & caminhos, aldeias & cidades históricas, correio & comércio,
“Eu não me esqueço o recado, / pois na minha profissão / há que se ter o cuidado, / também boa reputação.” e “Ser tropeiro é missão / de homem honesto e bravo / quem viu muita assombração / não dá trela para o diabo.” (“Saga das Tropas”)
A mulher
Aqui incluindo o símbolo do Amor, do erotismo. A mulher de carne e osso, e também aquela das idealizações. Tema mui caro aos poetas, a Mulher é uma imagem que se presta a várias interpretações e inter-relações, dependendo do ponto de vista. A mulher pode ser o sublime, e também pode ser o maldito. Pode ser Anjo e pode ser Serpente.
Antes então perguntar, Qual a imagem da mulheres no universo sentimental do poeta? Afinal, não há a Mulher enquanto 'ser concreto', mas Mulher a ser desnudada por alguém. Somente nos últimos dois séculos a mulher passou a ter voz e dizer de si mesma – antes tínhamos apenas a voz masculina a definir a mulher. E a mulher a aceitar que um discurso alheio a definisse.
Ao poeta interessa mais problematizar o tema Mulher. Qual a imagem que temos das mulheres – mineiras? Passividade? Introspecção? Credulidade? Resignação? Religiosidade? Algo mais pode existir – e a mulher que somente diz Sim, somente diz Amém, pode ser 'desconstruída',
“As mulheres de minas tem
trejeitos e predicados
que vão muito além
são rezadeiras e operárias
e não dizem só amém.” (“As Mulheres de Minas”)
No mais, na temática do amor – pouco original, é verdade, mas é que amor é um tema e tanto, e ser original aqui é coisa pra poucos (ainda mais depois de Vinícius de Mores e da música breganeja) - mais interessante é que o poeta não exige (i.e. idealiza) amor do tipo platônico ou romântico, mas prefere o amor simples, sem dramatismos, sem teatralidades.
“Gosto de amor simples, / mas tem de cantar no meio da rua” e “Gosto de amor sem frescuras / sem não me toques / sem deixa disso,” (“Amor de cada um”)
Amor se confunde com sensualidade o corpo além do erótico – temos um corpo ou SOMOS um corpo? É possível amor sem sensualidade? Ou antes, há amor platônico? É possível amor o outro sem desejar o domínio do outro? Isto é, do corpo, do desejo, do gozo do Outro? Podemos ver o Corpo tal como ele é – sem desejo e sem nojo? (E os namoros virtuais? Mas mesmo sem a foto do/a outro/a...?)
“O corpo desfila no filme / se vende na praça. / O corpo virou vitrine / se cobre de prata / se banha de perfume / se cobre de luto, / mas exala mal cheiro / como todo defunto.” (“O Corpo”)
É certo que a compreensão da alteridade, do Eu dependente do Outro, do olhar do outro. O que o outro espera do Eu? O eu-lírico se identifica enquanto voz textual às vezes muito falante, muitas vezes vítima de ruído de comunicação, quando sua voz não atinge a amada,
“sou um poema sem capricho / arruinado e prolixo / o ruído do giz no vidro“ (“Canção Desesperada”)
Mas não significa que o poeta tenha desistido de falar. Ao contrário, é através da tentativa de comunicação que ele denuncia as falhas da comunicação (teorizar mais seria entrar numa de Habermas...) que povoam o nosso cotidiano de mal-entendidos e meias-verdades. Certo, a poesia não visa enviar mensagens, mas nada impede que ela seja usada como meio de comunicação, um modo de interagir com o(a) amado(a) - ou o(a)(s) receptor(a)(es)/leitor(a)(es),
“E quando cairmos de pé / saibamos dar as mãos / sempre com a cabeça erguida, / saibamos pagar o preço” (“Ela”)
e “que a poesia seja nosso fraco / e nosso predileto prato / e não percamos o olhar de fogo / e a alma comovida” (idem)
Esta capacidade de manter o diálogo, de comunicar nossa incomunicação. Esta audácia de misturar pop, popular e acadêmico. Este desejo de estar junto de vanguardas e também acampado com o povo. Esta necessidade de fazer música com os poemas e também poetizar a melodia. Sim, tudo isso assegura um lugar peculiar ao poeta-músico Ricardo Evangelista, que se não é original, é consciente do que faz, dono de seus poemas-ritmos, tendo muito a ensinar para os que 'departamentalizam' a Arte.
set/out/11
Leonardo de Magalhaens
artigo (LdeM) sobre literatura e acadêmicos
mais sobre conceitos de Arte
mais sobre a obra de Ricardo Evangelista