Sobre O vinho que sobrou [BH, 2024]
Do poeta Luiz Edmundo Alves [BA, 1959-]
O poeta flâneur se embebeda em suas memórias
Os verdadeiros paraísos são os paraísos que foram perdidos.
Marcel Proust
Introdução
Desde eras imemoriais, a Poesia vem na função de portadora da Sabedoria. A transmissão de geração em geração do Conhecimento da tribo, do clã, da nação, conservado pelos anciãos e sábios para os filhos e netos, numa cerimônia de iniciação, num ritual ou junto de uma fogueira em recital. Em versos cantados para melhor memorização.
A Poesia era a portadora da Mensagem sendo ela própria uma mensagem / linguagem de iniciação. Cânticos e hinos e salmos traziam os Ensinamentos dos Ancestrais. Assim se perpetuava o Saber numa cultura de oralidade sem livros e pergaminhos.
O sábio era um poeta e também o poeta tinha Sabedoria. Saber cantar e tocar instrumentos era um dom divinal mais do que um esforço intelectual. Esta ideia de intelectual nem existia. O Poeta era um Mensageiro dos Antepassados e das Divindades.
Com o passar dos milênios a Escrita foi inventada e aprimorada e os Sábios e os Escribas passaram a reproduzir em Símbolos e Fonemas os Ensinamentos dos Ancestrais e Divindades. Assim surgiram as Escritas Sagradas com seus Livros Sagrados divinamente inspirados. Mas o poeta estava ao lado para decorar e recitar as Palavras da tribo.
Esta figura do poeta enquanto Arauto e Mensageiro é conservada em várias culturas, principalmente nas orientais. O poeta não é apenas um intelectual ou artista que escreve e recita poemas rimados e metrificados: o Poeta é o Sábio.
Para nós, pobres ocidentais, é o Poeta não canta mais as Palavras Aladas. O poeta é um burocrata da palavra ou um bom dicionarista. O poeta faz rimas sobre amores perdidos e doenças reais e imaginárias.
E separamos o poeta do cantor. E geralmente o cantador faz mais show e dinheiro que o poeta. Assim o letrista pouco aparece nos créditos. O showman ganha o status e a fama. O poeta virou um ghost writer do artista no palco.
Precisamos resgatar a figura do Poeta enquanto Sábio da tribo. Uma poética que não seja métrica e rima mas sobretudo Mensagem. Não metapoemas afogados em metalinguagem. Já basta de poesia falar de.... Poesia!
A Obra
Quando Luiz Edmundo Alves
volta de seu plantio e colheita com O
Vinho que sobrou -- bela
obra e belo objeto livro -- é com uma bagagem existencial e lírica
que vem transmitir a Sabedoria, e de modo a arrebentar leitores e
leitoras.
É um exercício estilístico de memória e uma profunda voz de autoconhecimento e de confissão, que vem compor sua Figura de Bardo o Poeta o Sábio. Mesmo que, em algum momento ou outro, tenha deslizes sentimentais e mesmo piegas. É um poeta humano, demasiado humano.
Tem um derramamento de memórias fora de ordem em rodeios em redemoinhos líricos de um Proust ou um Álvaro de Campos. Mil lembranças irrompem no texto e compõem o enredo lírico. Às vezes é mesmo uma prosa lírica ou poema em prosa. Lembra os clássicos de Baudelaire e de Rimbaud.
E até cartas imaginárias -- escritas e não enviadas -- estão no corpo poético de O Vinho que sobrou, numa paródia de um gênero missivista ou romance epistolar a la As relações perigosas, Les liaisons dangereuses, de Chordelos de Laclos.
Nestas ‘missivas sutis’, líricas e confessionais, o Poeta tenta se apresentar e se justificar perante seus leitores e suas leitoras como se fossem íntimos e íntimas -- os destinatários imaginados em sua lírica. Cada poeta imagina seus leitores. Alguém que receberá e dará significado ao texto que se derrama sem represas e sem censuras.
Assim as cartas onde o poeta tenta explicar sua arte poética e o significado e o valor das palavras, desde o estado de dicionário até o construto lírico,
(A palavra coração que agora escrevo não é
o coração poético, patético, que simboliza afeto,
Amor, ou qualquer sentimento, mas o coração real,
víscera que bombeia sangue).
p.76
Já escrevi a palavra afinidade de forma legível,
mas ficou invisível.
p.72
Removi as palavras daninhas no entorno da palavra adeus.
Me desculpei comigo mesmo por todas as tolices que eu
disse, por todas as tolices que escrevi.
Escrevi sentimentos platônicos, depois apaguei tudo,
constrangido. Achei péssimo ser sentimental.
p.83
Toda linguagem tem suas armadilhas,
o que torna a poesia areia movediça.
Sou movido pela linguagem da geleia geral,
sou o poeta nu, que confessa. Desencantado.
p.80
Assim as cartas de Arthur Rimbaud para Paul Demeny, em 1871; e as cartas de Vincent Van Gogh para seu irmão Théo, na década de 1880... O artista se desnudando em busca de simpatia e de compreensão, ciente das dificuldade de definir as sutis distinções do ‘real’ e do ‘ficcional’,
No entanto, seguimos perturbados
pelo passado, o nosso e o alheio,
sensíveis que somos.
p.73
O que é realidade e o que é fantasia.
O que é útil e o que é utensílio.
O que é doença real e o que é
doença como metáfora.
p.79
Cartas de amor, junto aos poemas de amor, amostras do sentimento, da expansão afetiva, que depois olhamos e julgamos ‘ridículo’, assim todas as missivas guiadas pela emoção logo extravasada. É o olhar posterior que julga, depois que a paixão se acalmou ou se dissipou. Lembramos de célebre poema de Fernando Pessoa, na voz de Álvaro de Campos,
Todas as cartas de amor são
Ridículas.
Não seriam cartas de amor se não fossem
Ridículas.
...
A verdade é que hoje
As minhas memórias
Dessas cartas de amor
É que são
Ridículas.
Poeta moderno e flâneur
À deriva, ou guiado por suas lembranças, o poeta Luiz Edmundo Alves segue como um dândi ou um flâneur pelas ruas belorizontinas em sua ‘geografia sentimental’, como diria um Pedro Nava, ao resgatar sentimentos e fotogramas de sua vida de jovem artista. Solto no mundo, o poeta flâneur se sente em casa em suas perambulações, como bem disse o crítico Walter Benjamin,
A rua se torna a moradia ao flâneur que, entre as fachadas dos prédios, sente se em casa tanto quanto o burguês entre suas quatro paredes.
Pequenos flashes poéticos da realidade cotidiana da grande cidade, uma capital centenária, quando o poeta segue, passo a passo, curioso e sedento de sensações, entre ruas no centro de Belo Horizonte, ou na calçada da Livraria Quixote na Savassi, em cenas de dança no Prado, ou saraus no Palácio das Artes, ou alamedas onde senhores jogam damas:
cientes da finitude próxima
os velhos jogam dama na alameda,
o que fazer com suas manhãs?
...
às vezes se juntam apenas para recordar
...
Cenas de bairro 6, p. 56
A cidade é dissecada e ressignificada em pequenos poemas, ou poemas em prosa, em pequenas cenas, em bairros centrais ou periféricos, em situações as mais banais e existenciais, neste caleidoscópio de lugares e afetos que compõem uma cidade grande que tem status de capital. BH é esta metrópole que vai inchando e se espalhando, em tentáculos, já se unindo visceralmente com as cidades satélites ao redor.
Em O vinho que sobrou, o real é emoldurado pelo imaginário, e realidade e ficcional se misturam, pois é uma necessidade de narrar a vida e buscar um consolo no desfile de lembranças. O poeta está ciente e confessa que
"Frequentemente a imaginação dilacera a realidade "
numa realidade ficcional recheada de mil referências à poesia de Ferreira Gullar e às canções da banda Pink Floyd e da banda Eurythmics e ao Clube da Esquina de Milton Nascimento, assim uma colagem ou montagem de elementos sonoros e visuais, melódicos e textuais, num desfile de escola de samba, para euforia e amargura do eu lírico,
Se palavras me vestissem como uma
fantasia carnavalesca.
Se eu pudesse me sentar na palavra sofá.
Se eu pudesse lamber a palavra limão.
Se eu pudesse suprimir vírgulas e
ainda assim manter o ritmo.
...
p. 86
Não, não vamos perder nossa identidade nesse
emaranhado de dados.
Nossa vida é pop.
Vamos ouvir Sweet Dreams e
beber o vinho que sobrou.
p. 89
A identidade do poeta ou o narrador lírico da vida pós-moderna é também fragmentada e à espera de um sentido total para o aqui-e-agora -- e também o futuro. Como o poeta se vê e como o poeta é visto. Quem pode definir o status do poeta? Ele deve esperar a vez e a voz dos críticos? Pode ‘rotular’ a si mesmo como se estivesse numa campanha publicitária? Ou: Como deve ser a ‘aparência’ de um poeta? Ou ainda: Quanto poeta por aí não seria mais que ‘caricatura de poeta’?
Já sou um personagem velho.
Já pensei que sexo curasse dor de cabeça.
Já procurei diferentes formas de narrar um átimo.
...
Já fui chamado de lírico,
como se eu fosse um poeta da velha guarda.
Já fui chamado de experimentalista,
como se eu fosse um poeta de vanguarda.
pp. 94-95
penso em usar gravata borboleta para escrever poemas e
visitar poetas, quem sabe eu adote uns suspensórios
também. Gravata borboleta foi a melhor fantasia do dia.
Um búzio que guarda o barulho do mar, 15
p. 30
Distante de rótulos, modernistas e pós-modernistas, o poeta segue em sua saga de reconstruir o passado ou redescobrir o ‘tempo perdido’. Mas ele vive em dúvidas: A poesia pode comunicar a vida vivida e o momento passado? Não há uma lacuna imensa entre o enunciado e o compreendido? Mais fácil domar as lembranças ou domar a linguagem? O que sabemos das potências e dos limites da linguagem?
Se eu pudesse devorar a palavra desejo,
mastigar suas consoantes e antes sentir
demoradamente cada uma delas
e depois deixar suas vogais sobre esta página
e tudo se transformasse, não em poema, mas
em uma fantasia com a essência do que me
me inquieta agora, eu abraçaria o desejo e beberia
todo o vinho que sobrou.
p. 91
com a linguagem do beijo de
língua ela escreve e apaga o
poema que a paixão inspirou.
gosto de indagar:
a língua reteve algum sabor?
da paixão, o que os espelhos guardaram?
lágrimas & revolta, ou alívio?
Um búzio que guarda o barulho do mar, 11
p. 26
Embebedado com suas lembranças
As memórias estão fora de controle e surgem quando querem. Não temos as lembranças: são as lembranças que nos possuem. De repente estamos de volta ao colégio, ou ao primeiro amor, ou ao dia do diploma, ou à festa de casamento, ou uma certa tarde no clube ou no cinema. As memórias não seguem protocolos ou planilhas ou outras formas burocráticas, muito menos calendários,
Nossa memória não nos apresenta habitualmente as recordações na ordem cronológica.
Marcel Proust
A memória é, entre todas, a faculdade épica por excelência. Só devido a uma memória alargada a épica pode apropriar se , por um lado, do desenrolar das coisas e, por outro, aceitar o seu desaparecimento, o poder da morte.
Walter Benjamim
In O contador de histórias, p. 154
Em O vinho que sobrou, Luiz Edmundo Alves vai escrevendo e se analisando, numa autoanálise que se processa ao resgatar memórias e vivenciar os poemas, que se nutrem de tantos fardos de alegrias e amarguras, em suas tentativas de ser aceito e entrelaçar afetos e amizades,
Já censurei umas coisas ousadas que escrevi.
Já fiz a coisa certa pensando que fazia errado.
p.96
.
Já quis ser amigo de um poeta, não funcionou.
Já namorei uma poeta, a poesia nos afastou.
...
Já fui demasiado irônico, e bizarro.
Já achei muito ruim um livro premiado.
Já pensei que fosse por inveja.
Já pensei que estivesse certo.
p. 97
Vivendo de lembranças e geografia sentimental, o poeta segue sua vida de labuta e lavoura. Tenta domar sua linguagem enquanto medita sobre o que seria a vida. O que passou e o que ainda virá. Depois vai rabiscar uns papéis em busca de uma estética (ou de um alívio?) que seja criação (e recreação) no cotidiano árido. Assim, Luiz Edmundo Alves, para o nosso bem, não segue os doutos conselhos do poeta de Minas pedregosa, Carlos Drummond de Andrade,
Não faças versos sobre acontecimentos.
Não há criação nem morte perante a poesia.
...
O que pensas e sentes, isso ainda não é poesia .
Não cantes tua cidade, deixa-a em paz.
...
Convive com teus poemas, antes de escrevê-los.
...
Não forces o poema a desprender -se do limbo.
.
Procura da poesia. In : A rosa do povo [1945]
Consciente, o poeta é humilde para reconhecer que a doma da linguagem é tão difícil quanto a doma da memória, que não avisa quando vem. Pode ser uma canção ou uma fotografia, ou pode ser uma madeleine mergulhada num chá de tília. Não avisa e toma conta quando aparece. É aquela visita chata e inoportuna que não vai embora. O que fazer então? Aceitar a ‘possessão’ da memória e fazer algo disso: um romance? Uma crônica? Um poema em prosa? À vontade… desde que faça algo! Da lembrança para a imaginação para a linguagem...
O poema é um pequeno e frágil
gesto de imaginação.
Tudo aqui escrito foi
puro gosto pela imaginação,
Puro desejo de linguagem.
Posfácio do autor
p.101
Poeta. Leitor. Contador de histórias.
O Autor é um Leitor. Um ser intelectual que vive entre os livros e as muitas leituras. O universo literário do poeta só se expande e as referências e os intertextos se acumulam e se amontoam e se erguem diante do homem e artista que busca sua própria expressão.
É que o Poeta precisa aprender a comer e digerir bem os livros se quiser fazer sua própria nutrição balanceada. Ter uma dieta de antropófago modernista e tropicalista. Evitar indigestões. O que fazer com tanto livro? Onde enxertar tanta influência e identificação? Como fazer nossa obra sem ecoar a dos outros? Ou o poeta não é mais que um fingidor… e um plagiador?
as muitas noites que li Proust, Camus,
Drummond, Clarice, Ana, Anne, Djami, Max, e
depois borrei meus escritos com suor ou
com lágrimas.
Um búzio que guarda o barulho do mar, 13
p. 28
Enquanto Leitor, o Poeta adentra obras de outras e outros. Imagina se seria aceito pelos autores. Seria que Drummond responderia suas missivas? Será que Gullar compartilharia algum poema saído do forno? Será que Clarice seria sua leitora? Mas o Poeta é um leitor voraz e reprocessador de leituras: conta suas histórias como se fossem de outro. E conta histórias de outros como se fossem suas.
O Poeta enquanto Leitor avalia as obras alheias e quase um crítico aponta suas próprias obras. Lembramos de Walter Benjamin, em seu profundo ensaio sobre o narrador e a contação de histórias, sobre o papel do leitor e do crítico,
A leitura como uma das centenas de formas possíveis de acesso ao livro. ... Do mesmo modo, o verdadeiro crítico tem muitas vezes o seu sonho desperto de um livro, antes mesmo de conhecê-lo. O contador de histórias, p. 119
Aquele que escreve pode recordar-se do vivido e do que foi lido. Aprendeu muito com suas vivências e é capaz de confessar e se autocriticar. Aprofunda-se em seu passado sempre vivo e de lá pode extrair as pérolas mais valiosas. Deve este poeta [ou narrador] saber como compartilhar suas histórias de vida não por vaidade ou soberba ou por ressentimento, mas como ensinamento para suas leitoras e seus leitores. O que o poeta aprendeu consigo mesmo? De suas peregrinações e aprendizados o que tem para nos ensinar?
O contador de histórias pertence à estirpe dos mestres e dos sábios. Tem um conselho a dar -- não como provérbio, apenas para alguns, mas como sábio, para muitos. Porque pode recorrer a toda uma vida -- (...) A sua vocação é a sua vida, a sua dignidade a de poder contar toda a sua vida.
Walter Benjamim, O contador de histórias, p. 166
Conclusão
Ler O vinho que sobrou de Luiz Edmundo Alves é um exercício de leitura e solidariedade. Às vezes conseguimos rir com o poeta e também ter simpatia e até compaixão. É assim tal qual uma jornada de um Marcel Proust em seu ‘tempo perdido’: podemos ler e reler e sempre vamos chorar no final. O tempo passou e não pode ser redescoberto nem recuperado. Então é viver o agora -- antes que se torne um ontem. Aproveitar a vida é viver o aqui e agora.
Ao voltar ao vinho que sobrou, o poeta sorve as gotas mais preciosas: ele alcança a Sabedoria. Seguiu sua jornada e combateu o bom combate e alcançou seu troféu. Não pode mais ser um egocêntrico ou egoísta: deve agora compartilhar para os contemporâneos e para as novas gerações. Sua Poesia passa a ser um Testemunho. Ou uma autobiografia poética: consciente, sentimental, irônica, confessional, piegas, iconoclasta.
Assim, na condição de poeta, em O vinho que sobrou, Luiz Edmundo Alves fala de si, em voltas ao redor do próprio umbigo, mas, por fim, desvela a nossa condição humana, demasiada humana, de efêmeros mortais, saudosos do passado e ansiosos do futuro. É o que precisamos aprender. A verdadeira Poesia ensina. E nós (que temos olhos para ver, e ouvidos para ouvir?) podemos aprender.
Jun24
Leonardo de Magalhaens
poeta, contista, crítico literário
Bacharel em Letras FALE / UFMG
Canal YouTube Literatura Agora!
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YouTube
https://www.youtube.com/@leonardodemagalhaensliteratura
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Referências
ALVES, Luiz Edmundo. O vinho que sobrou. Belo Horizonte: Quixote+DO, 2024.
ANDRADE, Carlos Drummond de. A rosa do povo. 1945.
BAUDELAIRE, Charles. O Spleen de Paris. Trad. Alessandra Zir. L&PM, 2016.
BENJAMIN, Walter. Charles Baudelaire, um lírico no auge do capitalismo. São Paulo: Brasiliense, 1989.
_____________ . Linguagem, tradução, Literatura (filosofia, teoria e crítica) Trad. João Barrento. Belo Horizonte: Autêntica, 2018.
BERMAN, Marshall. Baudelaire: o modernismo nas ruas. In: Tudo que é sólido desmancha no ar: a aventura da modernidade. São Paulo: Companhia das Letras, 2007.
LACLOS, Chordelos de. Ligações perigosas. Les liaisons dangereuses. Trad. Fernando Cacciatore de Garcia. Porto Alegre: L&PM, 2008.
PESSOA, Fernando. Poemas de Álvaro de Campos: obra poética IV. Apresentação Jane Tutikian. Porto Alegre: L&PM, 2019.
PROUST, Marcel. Em busca do tempo perdido. Trad. Mário Quintana. Manuel Bandeira. Carlos Drummond de Andrade. Globo, 1993.
RIMBAUD, Arthur. Uma Estadia no Inferno. Poemas escolhidos. A carta do vidente. Trad. Daniel Fresnot. São Paulo: Martin Claret, 2002.
VAN GOGH, Vincent. Cartas a Théo. Trad. Pierre Ruprecht. Porto Alegre, L&PM, 2021.
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